Não é conto de 1º de abril.
Como alguns de vocês sabem, eu toco em bandas na Igreja há já alguns bons anos. Uma das bandas que mais deu certo foi a Mashiah, banda que montei com alguns amigos (e que graças a Deus até hoje o são) na Igreja onde era membo, a Batista Itacuruçá. Desde que comecei a tocar, comecei a compor, e uma das músicas que compus “pegou” nos adolescentes da Igreja. O nome da mesma é “Senhor do meu Viver”, e a letra vai reproduzida mais em baixo.
Um belo dia, numa bela tarde carioca, nos juntamos no templo da Igreja para gravar, numa fitinha K7, a música. A banda era: eu (guitarra e voz), Fábio Aguiar (voz), Gustavo Pires (piano), Fernando Boasorte (guitarra), Isanias Leal (bateria) e Leonardo Cândido (baixo). Uma nota triste é que o Léo faleceu ano passado no dia 25 de fevereiro, aos 29 anos, vítima de bala perdida. Quero falar um pouco mais dele. O Léo foi auto-didata no baixo e no violão. Ele tocava muito bem, para nossa idade. Além disso, era viciado em Kung Fu. Ele era meio maluco, mas todos – todos – gostavam muito dele. Sua morte foi uma das piores notícias que tive no ano passado, mesmo que o contato entre nós já não fosse lá tão grande. Que Deus guarde sua família.
Voltando à banda, essa gravação se deu, creio, em 95 ou 96. Com ela, participamos de um festival de música católico, onde fomos muitíssimo bem recebidos e pela bondade de Deus, mandamos relativamente bem. Não estávamos entre os finalistas, mas reparamos que as bandas vencedoras tinham músicas em louvor à Maria. 😛
Quando fui morar em São Paulo, tive a idéia de mandar uma cópia da fita para a revista Rock Brigade, maior publicação especializada em rock e heavy metal da América Latina, só pra ver no que dava. Pois bem…
Essa é a capa da revista onde saiu a resenha da nossa demo-tape. Repare na data:
Sim meus amigos. Há quase 12 anos atrás a Mashiah figurava nas páginas da revista que eu mais curtia na época. Ainda me lembro de chegar no colégio com a revista na mão, procurando a seção destinada à novas bandas. Minhas pernas tremeram quando li o nome da banda. Perdi o foco. Depois do extase incontido, e com a respiração novamente controlada, pude ler a resenha (escrita por Fernando Souza Filho), e veio o reality check:
Fiz uma marca na melhor parte da resenha. Amadorismo é feito assim, meus amigos, desse jeito. Mas na boa, a primeira parte da resenha é bem legal. 😛
Ainda guardo a revista. Me lembra que preciso fazer as coisas com menos pressa. 😉
É isso… riam à vontade.
Eis a letra da música, com os erros de português originais:
Senhor do Meu Viver
De que vale a vida sem teu amor, se essa vida incerteza nos traz?
Neste mundo só há tristeza e dor pois não conseguimos viver em paz.
Muitos não querem ver a força do Teu poder e se deixam pelo mundo levar
Outros mesmo não vendo crêem em Ti, pois sentem a Ti e Lhe ouvem falar
Eu sei que Tu estás agindo em meu viver
E que só Tu podes tudo em mim compreender
Tu estás por trás de tudo que acontece em meu ser
Só Tu és Senhor de todo o meu viver
Por muito tempo em solidão eu andei
Por viver, por tempos, sem Teu amor
Até que Tua forte mão encontrei
A mão de meu pai, a mão do meu Senhor
Um abraço,
Eduardo
P.S.: o endereço escrito na resenha não é mais válido. 😛
kkkkkkkkkk ainda bem que vc disse que podia rir à vontade…
Mas é isso mesmo, a pressa é nossa inimiga inconteste! Tenho aprendido isto, que Deus é longânimo e paciente, por que não procurar sê-lo nas nossas coisinhas, né?
Bráço!
quando vi “Eu na Rock Brigade” fiquei boladao!
pensei: “caraca, que que o Duda pode estar fazendo lá?!”
até porque faz um tempo que nao veja mais uma Brigade por ai.
muito boa a lenda…
Mais trash do que isto foram as nossas inúmeras tentativas de tocar Easy, lembra?
Nunca dava certo, uma vez era baixo que dava choque ou instrumentos desafinados uns em relação aos outros.
Bons tempos heim cara. Quando me vejo assim saudosista percebo que estou ficando velho.
Um forte abraço meu velho.
Cara, tu pode até dado a vacilada de mandar a fita naquele estado…mas o comentarista deu um vacilo ainda maior: o cara trocou o verbo ouvir pelo verbo haver!! =O
George, é verdade. Isso é algo que reparei desde que a revista saiu… e fiquei com a mesma impressão que você. Deixei para os amigos comentarem a falha, para não parecer que eu guardo rancor… 😉
Haha..Eduardo Mano em revista de rock. Quando li achei muito curioso.
Bom saber que tuas raízes rockeiras são antigas.
Rapaz, o rock, ou melhro, metaaaaaaaaaaal tá comigo desde os 11 anos de idade. Com o tempo meu coração foi amolecendo… 🙂
hahahahaha! culpa do Mashia que hj eu amo tanto música… rs! q era trash era! lembro-me de ter comentado sobre o festival catolico com a minha sra boa sorte essa semana mesmo… hehe! se ainda toco e acredito na boa musica… vcs sao os responsaveis! abraços! batata!
Eu me lembro dessa fita. É engraçado ler essas coisas após tantos anos. A Rock Brigade ainda sai a cada 5 meses, eu acho, mas hoje sou editor da revista PC Magazine. Mas uso até hoje meu e-mail da Rock Brigade para trocar idéia com amigos. Mano, boa sorte em suas empreitadas, amigo!
sou colecionador de bandas nacionais e fiquei curioso. vc tem essa música para me disponilibizar?