A Revista Época, na edição desta semana, tem como matéria de capa o seguinte texto: “Os novos evangélicos. Um movimento de fiéis critica o consumismo, a corrupção e os dogmas das igrejas – e propõe uma nova reforma protestante”.
Um título bem longo, como vocês podem ver. Eis a capa aí em cima pra não me deixar mentir.
A matéria, cujo título interno é bem melhor, foi (muito bem) escrita por um cara chamado Ricardo Alexandre que, ao que tudo indica, é evangélico também (coisa que notei ao ler o texto e, inclusive comentei com a Eline – isso não tira em nada do mérito do cara, já que o texto é realmente bom). Quer dar uma lida? clique aqui. Até aí, uma boa novidade: uma matéria na mídia que não fala mal dos evangélicos! Mas tinha mais uma notícia.
Sábado. Estávamos eu e Eline na rodoviária indo pra casa dos meus pais, comemorar o dia dos pais. Em algum momento eu estava checando os e-mails (coisa que acaba em outubro – minha internet móvel, não o checar e-mails) e o Bruno, nosso editor / diretor / assessor / homem da agenda disparou algo como “Eduardo Mano na Época”. Achei (óbvio) que era brincadeira mas fui lá conferir, e era verdade:
Refeito do susto, comprei a revista e fui pra Petrópolis. Durante a tarde de sábado até após o almoço de domingo, a única coisa que fiz foi acompanhar a repercussão do texto no twitter. Ler a matéria mesmo, só fiz domingo à noite, já em casa. Gostei da matéria, de verdade. E à luz da mesma, e de tudo que já foi falado, queria também dar meus 10 centavos de informação, no já clássico formato eleito para informações: bullet points.
• Eu gostei, e muito, de ter sido citado pela matéria, pelo principal e simples motivo de … ter sido citado. Concordo com diversos dos pontos levantados na matéria (como qualquer amigo meu sabe e todos os que acompanham o blog também sabem). Creio que todos na banda tenham motivos de felicidade nessa citação, o que me leva ao segundo ponto.
• Sempre que uma citação dessa for feita, relacionada à música e ao empenho em tornar as coisas do Reino mais dignas do nosso Rei, pode ter certeza que o nome citado deveria vir acompanhado de “e Os Tapetes Voadores”. Mas como não veio, saiba que o Sandro, o Cadu, o Léo e o Josué também foram citados (mesmo que indiretamente) na matéria. Não adianta: mesmo que vez ou outra eu vá sozinho a um compromisso, ou acompanhado de parte dos Tapetes, de fato todos vamos – lá estão eles comigo pois os levo no coração. São, como eles sabem, parte da minha família.
• Preciso olhar o texto a partir de outra perspectiva, e isso não quer dizer que o mesmo está errado e que eu estou certo, é mais uma questão de evocar alguns nomes e pessoas à esta história toda. Não creio que esse movimento seja, como diz o artigo, “novo”. Creio que ele é continuidade de algo ainda mais antigo, até mesmo anterior ao surgimento do neo-pentecostalismo. Teologicamente, por exemplo, grande parte dos nomes lá citados (além de uma multidão esquecida) já luta por uma mudança de pensamento eclesiológico já há algum tempo (de 20 a 30 anos, pelo menos). Musicalmente, então, nem se fala. Se hoje eu, o Lucas, o Hélvio, Palavrantiga, Tanlan e Crombie fazemos o que fazemos é porque muitos outros trilharam esse caminho antes de nós, nomes como Vencedores por Cristo, Grupo Elo, Logos, Rebanhão e Jovens da Verdade (citando apenas alguns) já faziam isso há 20, 30, 40 anos atrás. Mas isso não é uma crítica em si, é apenas um alerta para aqueles que desconhecem disso. Não há nada de novo debaixo do sol.
• Bandeiras. Embora nenhum dos citados nunca tenha levantado (ao menos que eu saiba) uma bandeira pela “nova reforma protestante”, todos levantam alguma bandeira. A nossa, como todos vocês sabem, é a da coerência teológica, da “música de igreja”, da educação dos santos. Quem nos conheceu no “Canções para Grupos Pequenos”, sabe o que esperar dos outros trabalhos. Embora não tenhamos pedido por essa citação, de certa forma ela é bem-vinda, pois reflete muito do que cremos.
• Dois ditos populares me vêm à mente com todo esse lance: o primeiro está relacionado ao fato de, embora todos os citados estarem agrupados no mesmo saco, nem todos são a mesma farinha. Basta lembrar de toda celeuma que tivemos há alguns anos na blogosfera por conta do teísmo aberto e pensar em alguns dos nomes envolvidos nas discussões – Gondim e Nicodemus (ambos citados na matéria como sendo do mesmo lado da moeda). E aqui não faço críticas a um ou outro, só penso no quão curioso é o fato. Outro dito é o famoso “quem está na chuva é pra se molhar”…
Enfim. Tudo isso é legal, mas particularmente, quero ver no que isso vai dar. Como já disse, ter o nome escrito numa revista de grande circulação não paga as contas, mas pode levar o ego lá em cima, onde ele não deveria estar. Por isso, mesmo grato por tudo isso, fico com a voz dos meus amigos, que estarão sempre prontos a dar um bom tabefe na nossa cara se a coisa sair do rumo. 😉
E não, Ricardo, não estou esnobando isso tudo… rsrsrsrsrs
Em tempo, recomendo a todos a leitura do texto do Nicodemus, que tá aqui, mesmo sabendo que nem todos vão concordar, alguns vão falar mal e tudo mais…
abraço,
Eduardo Mano
boa mano!
bem pontuado.
MUITO bom Mano, muito mesmo. Bem centrado. E sua conversa com o Victor no Twitter tá hilária!!! 😀
Boa Mano!
Estamos não é só a luta pela renovação do evangelho, mas é uma renovação biblica do evangelho!
O liberalismo teologico tem corroido vidas tanto quanto o neo-pentecostalismo.
Deus abençoe
Esnobou que eu vi. Mas ainda assim me rendeu uns clicks hoje para o blog, obrigado.
hahaha
vc merece mt sucesso, pra jogar todo de volta pra o Rei, meu caro.
Esse Eduardo é Mano mesmo! 😀 Fico feliz por vê-lo citado, e por todos do Tapetes tb. Parabéns pelo ótimo trabalho musical e pelas suas considerações da matéria.
Rapaz, depois de quase mil quilômetros rodados caio novamente no mundo da internet com essa bomba no colo!
🙂
Quanta alegria! Deus te abençoe. Não que você mereça, pecador miserável, mas é que eu gosto de você. E quando a gente pede de coração, Papai do Céu ouve.
hahahahahahah
;D
Parabéns pelo trabalho que vocês estão realizando, cara.
A quem interessar possa a matéria completa está aqui http://bit.ly/bx5jQx (momento merchan hehe)
Legal Duda. Creio apenas que o termo Nova Reforma foi um pouco exagerado. Mas de fato há algo de novo no ar. Postei um texto sobre o assunto e usei a sua foto, com o devido crédito é claro. Abração
Hahaha, adorei seu post aki e fico feliz por essa citação. Creio q vcs não são dos caras que vão elevar seus egos às alturas ou sofrer metamorfoses estúpidas, rs, vocês são muito bem centrados, simples e o trabalho de vocês é muito genuíno, muito verdadeiro, cristão pra caramba e eu sinceramente adorei e gosto muito, apesar de conhecer há pouco tempo. Que Deus continue abençoando essa caminhada de vocês. Valeu Edu Mano e Tapetes Voadores! 🙂
Abração!
PARABÉNS, PARABÉNS E PARABÉNS!
Você merece mesmo cara, é super talentoso e simples de coração, e só são citados aqueles que fazem diferença, seja para o bem ou para o mal, creio eu, que você o faz para o bem, e faz bem! 🙂
Caso o ego perdure, por muito tempo, no alto; estamos aí para eventuais tapas, rs!
Abração, MANO!
PEACE!
Hahaha, é Eduardo, você não mudou nada, pelo menos pra mim. Continue fazendo esse o que você faz. Abraços.