Há alguns dias tenho andado bastante incomodado com coisas. Coisas no sentido concreto da palavra, trecos, bugigangas… coisas. Temos delas aqui em casa. Muito livros, muitos CDs, muitas roupas, muitos móveis, muito tudo. Isso cansa um bocado.
Tenho falado bastante com Eline a respeito de vivermos uma vida leve, carregando o mínimo peso possível. Pois se Cristo já carregou o peso do pecado por nós, why on earth nós substituiríamos este peso tão danoso por outro também insuportável para nós: o apego aos bens materiais?
São coisas que se amontoam, coisas que ficam pelo caminho, coisas que acumulam poeira… dizem que se em 6 meses você não mexeu em algo em sua casa, é sinal de que aquilo nem precisa estar lá, não tem função. Ou talvez tenha função, mas não na sua casa. É dessas coisas que eu estou falando.
Eu tenho um armário com minha coleção de CDs, livros e DVDs. Cds que não ouço, livros que não leio e DVDs aos quais não assisto. Coisas que tenho apenas para dizer que tenho. Tenha dó! Vai tudo embora. Ou quase tudo. Meus Cds do Mumford & Sons e do Fleet Foxes são xodós. 🙂
Quando passamos o tempo em Manaus (por tempo leia-se um mês) eu levei apenas uma mala de roupa (achava que passaríamos apenas 5 dias, e calculei que suaria bastante por lá). De qualquer forma, foram 2 calças, duas bermudas, 9 camisetas, roupas íntimas, dois pares de tênis, um chinelo. Foi tudo o que usei em um mês, não precisei de mais nada. Qual o motivo então de eu ter tantas roupas no gaveteiro?
Sem querer espiritualizar demais esse papo (como se isso já não fosse algo altamente espiritual), lembro também das palavras de Cristo que instruiu os discípulos a levarem pouca coisa pelo caminho. Talvez a hora de ir pelo caminho esteja próxima, não sei. Importa é que eu não quero mais carregar esse peso morto.
Andar com menos peso para poder apreciar melhor o Caminho.
Um abraço!
Eduardo Mano
Morri! Fantástico mesmo, não tinha pensado nessas coisas dessa forma.
Obrigado por me lembrar de um detalhe MUITO importante. 🙂
Obrigado pela partilha, preciso mesmo aliviar a bagagem.
Abraço!
pois é…
ultimamente tenho pensado na mesma coisa (ops), no mesmo assunto.
Apesar de não ter muitas coisas, às poucas que tenho sou apegado.
Fico constrangido quando comparo a minha ‘dureza’ (os dois sentidos) com a realidade de outras pessoas.
Dizem que não há problema em querer algumas coisas, mas pra tudo há um limite, ne
Vou ver como posso fazer pra participar aliviando la em casa e pegando umas traquitanas suas tb!
=]
ps: Mumford não vai pra rolo, ne???
“…de que vale ter posses e bens, são raízes que me impedem de seguir, rumo a cruz às vezes tão distante…”
muito legal o que você escreveu edu…
se você quiser jogar seus cds foras, poxa, me fala que eu te passo meu enderço! hahaha
abraços mano.
Concordo plenamente. Temos que ter desapego aos cacarecos da vida, mesmo porque se não nos livrarmos das coisas antigas, nunca daremos espaço pra coisas novas.
Abç.