Tirei a foto acima no ano passado, em Buenos Aires. A frase “Y vos, que haces?” é parte da campanha da Converse na Argentina, e achei-a bem apropriada para ilustrar o que tá martelando aqui na minha cabeça.
No último sábado eu dei mole no twitter e postei algo que foi mal-interpretado por algumas pessoas. Era um texto do blog do Rev. Sandro Baggio, e algumas pessoas acharam que eu estava sacaneando ele. O post é este aqui, e quando o mencionei no twitter, disse a seguinte frase: “da pena do Rev Sandro Bagio”, querendo dizer “vindo da mão, do teclado, da mente do Rev Sandro Baggio”, mas alguns incautos entenderam como se eu dissesse ter pena do mestre.
Passado isto, acabei entrando numa conversa com mais dois amigos a respeito do tal “pensar fora da caixa” que muitos cristãos dizem fazer. Encerrei a conversa com eles dizendo que o problema não era pensar fora da caixa, o problema é, sim, deixar a caixa completamente suja, e querer ir pensar fora dela.
Muito se diz hoje a respeito de fazer igreja “fora das quatro paredes”. Mas o problema é que a igreja dentro das 4 paredes está em estado tal que, muitas vezes, pensar em sair dela é irresponsabilidade. E pior: geralmente quem quer pensar fora das4 paredes, ou da caixa, está indo contra lideranças, arrebatando pessoas com a mente enfraquecida por mentiras, com pouca base cristã. Gente que será levada por qualquer vento de doutrina e que precisava de mais alimento espiritual consistente.
Abrimos a boca para falar mal da igreja “institucionalizada”, e nada fazemos para mudá-la, de dentro pra fora. Ou ainda: não paramos para pensar se quem precisa de mudança é a igreja ou somos nós. Somos o filho pródigo: queremos a nossa herança com nosso pai ainda vivo, e acabamos por gastá-la com vícios e futilidades que julgamos ser importantes. O final da história, todos sabemos.
Escrevo este post ouvindo a música Jesus é o Rei da Glória, do Daniel de Souza. E acho que ela tem tudo a ver com isso que estou escrevendo. Jesus é o centro de tudo isso que fazemos. Ele deveria ser o centro da caixa e de fora dela, afinal, Ele não pode ser contido em nada, nem mesmo no Universo. “Todo poder te foi dado nos céus e na terra”, canta o Daniel, e canto eu.
Queremos fazer igreja baseada no “amor”, mas igreja só é igreja quando baseada em Jesus, a pedra fundamental. Não é o amor que muda o mundo, ou as pessoas, sei lá. É Jesus. Jesus. “Levantai ó portas as vossas cabeças, levantai-vos, entradas eternas, para que entre o Rei da glória”. Jesus, o Senhor da Igreja, e Senhor de nossas vidas, Ele, detentor do poder, muda as coisas.
Jesus é maior que nossa visão de igreja, de vida, de mundo. Ele é aquele sem o qual nada podemos fazer, e Ele deveria estar no centro do que fazemos, dentro e fora da caixa. Mas enfatizo que, para sairmos da caixa, a caixa precisa estar em ordem. Isso tem tudo a ver com fidelidade… ser fiel no pouco, ser fiel na caixa, ser fiel na igreja.
A relevância da igreja não está em pastores com calça skinny, tatuagens e de fala “contextualizada”. A igreja só é relevante quando ela mantém fiel a pregação bíblica. Se ela foge disso, além de ser irrelevante, é anátema, é maldição.
O que estamos fazendo? E você, o que está fazendo?
Vamos limpar a caixa. Vamos colocar as coisas em ordem.
Para a Glória Dele,
Eduardo Mano
Perfeito! Não podemos amar o noivo sem amar a noiva, seja ela institucionalizada ou não.
The spirit moves in misterious ways(U2).
Esta semana e em especial hoje cheguei a mesma conclusão,criticar a igreja e muito facil,viver como IGREJA e outros 500(como se diz na minha terrinha),ta na hora de nos agirmos mais e jogar palavras ao vento menos.E com respeito a sua IGREJA que a palavra de Deus diz que nem as portas do inferno prevalecerão.Quando for criticar,lembre-se que e uma IGREJA que ira subir(os infieis da igreja,nao.).