Esta semana eu revisitei uma parte importante da minha “discoteca”: passei para o computador a série Louvor dos Vencedores por Cristo.

Para os que lêem este blog e são ainda bem novos, os Vencedores por Cristo são uma equipe missionária / grupo de louvor / escola ministerial / distribuidora de música cristã que existe desde 1969. E olha que quase todas estas atividades foram iniciadas em 1969!

Por ter sido membro de igrejas batistas por muitos anos, meu contato com os Vencedores por Cristo se deu ainda bem cedo. Na verdade, meus pais, quando ainda eram solteiros, frequentavam apresentações do grupo. Lembro que boa parte dos cânticos que eu cantava na minha infância e adolescência são os que canto – e com muito prazer! – ainda hoje.

Pela graça de Deus, pude também conhecer pessoalmente (alguns de forma mais íntima que outros, claro) alguns dos homens que ajudaram o VPC a se tornar o que ele é hoje, e que de alguma forma, participaram também diretamente da minha formação espiritual, musical e ministerial.

Mas voltando ao assunto, esta semana pude revisitar a série Louvor, os 10 discos da mesma, e me espantar com a forma como Deus se deixa refletir através destes trabalhos. E não apenas destes, como de toda (extensa) discografia de VPC. Falar na qualidade musical do grupo (ou melhor, dos grupos, já que praticamente cada CD foi gravado com uma formação distinta) é chover no molhado. Infelizmente algumas pessoas pensam que eles são “datados”, “bregas” e fora de moda (apenas para citar alguns dos belos elogios que já ouvia  respeito deles), mas eu não consigo pensar em outra palavra para eles a não ser relevantes. Em uma época em que todos querem soar gringos, eles, um grupo formado por Jayme Kemp, um missionário americano, não tiverame nem têm medo de abraçar a brasilidade em suas composições, falando de Deus e de Cristo e da salvação a nós oferecida de uma forma tão característica nossa.

Tá certo que tanto nos primeiros volumes da série louvor quanto nos últimos, houve muita tradução de músicas. Creio que isso se deu pela necessidade, e não deixo de gostar destes discos. Mas ó, repare bem a produção dos anos 70 até início dos 90, e veremos alguns dos maiores compositores cristãos em ação. Entre eles os já falecidos Sérgio Pimenta e Jorge Rehder (este, o compositor com maior número de músicas gravadas por VPC) e os ainda na ativa Gulherme Kerr, Nelson Bomilcar, Jorge Camargo, dentre tantos outros.

Quando eu era adolescente, queria muito participar de uma das equipes de VPC. E ainda quero. Espero que um dia Deus conceda que este sonho se realize.

Em uma época de megaigrejas, de megabandas com megaturnês e com bandas cada vez mais tentanto deixa a mensagem cristã “oculta” e subliminar, ouvir VPC é um alento para a alma, um grande banquete musical e teológico preparado por nosso Deus.

Este ano eles completaram 42 anos de ministério. E oro para que estes anos sejam longos.

Este post inaugura uma série de textos sobre os Vencedores, se assim Deus permitir. E meus planos não são apenas ficar nos textos.

Um forte abraço,

Eduardo Mano