κηρυξον τον λογον. Estas palavras, em grego, querem dizer “Prega a Palavra”, e são parte das últimas palavras de Paulo ao jovem pastor (e seu discípulo) Timóteo. As encontramos em 2 Timóteo 4:2.
Muitos de vocês sabem da minha caminhada. Sou músico, estudei teologia, e faço música para o ensino, exortação, conforto e para auxiliar, de alguma forma, a Igreja de Cristo na comunhão com o Pai. É claro que nem sempre tenho sucesso em minhas tentativas, mas creio que Deus tem abençoado.
Digo isto tudo pois hoje eu estava refletindo na porta que Deus abriu para mim aqui em Manaus, mas em outra área, na qual eu sou bem deficiente: a pregação. Eu pregava quando morava no Rio, mas eu era chamado quase que exclusivamente para tocar. Aqui, o inverso aconteceu. Embora eu dirija o louvor dominicalmente na igreja onde sirvo, os convites de outras igrejas têm sido para levar a Palavra e não a música.
Digo Palavra com P maiúsculo pois quero crer que o que tenho feito até agora é levar o Evangelho de Cristo. Como Paulo diz aos Coríntios, “nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”. pregar minhas próprias ideias não levariam à transformação de ninguém: apenas a pregação de Cristo e sua obra redentora, com o auxílio do Espírito Santo, é que podem transformar vida daqueles que ouvem a mensagem.
Voltando à frase em grego lá em cima – κηρυξον τον λογον -, durante anos da minha vida ela foi presente nos meus dias. Quando morei e estudei (e depois trabalhei) no Seminário Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, eu lia essa frase, em voz alta, quase que diariamente ao passar pela Capela (que tem a frase escrita baixo da torre). Ao estudar teologia, entendi que não há como pregar a palavra sem o Λογος, o Verbo Encarnado, Jesus, digno de toda Glória. Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas (Romanos 11:36), e a pregação da Palavra deve ser para Glória Dele.
Enquanto mais uma vez me preparo para pregar a Palavra, penso que é com temor e tremor que o faço. Eu, pecador imundo e inútil, falarei a respeito daquilo que é mais doce que o mel, que é perfeito e refrigera a alma. Que Ele, em sua misericórdia, use meus lábios, e também os de todos os meus amigos que foram chamados para pregar o Evangelho.
Que a Paz de Cristo seja conosco!
Eduardo Mano
Cara, que Deus esteja contigo.