Oferta, pra mim, é quando a Igreja quer abençoar alguém com um valor indefinido. A pessoa abençoada, em contrapartida, fica grata, pois sabe que aquela oferta é o melhor que a Igreja pode oferecer.
Contrastando com a oferta, temos o cachê, praticado tanto no meio evangélico quando secularmente. Não vejo nada de errado em um ministro cristão cobrar um cachê pré-definido. Problemático, para mim, é quando há uma confusão nos termos: cachê se define. Oferta, não.
Se o músico vive da música, as igrejas devem ter a consciência de que precisam contribuir para seu sustento, sim! E, independentemente disso, elas devem exercitar o conceito de dar alguma coisa que seja para aqules que convidam a mostrar o seu trabalho em um culto, ordinário ou não. Trabalhar “na faixa” pode ser uma realidade para algumas igrejas, afinal está difícil conciliar entradas e saídas, mas um esforço deve existir para que o músico cristão, principalmente, não viva só de amor à obra!! Se Deus é quem dá o sustento ATRAVÉS dos crentes que têm dizimado e ofertado em suas igrejas locais, se existe um trabalho de conscientização secular de que o músico pode viver de sua arte e a sociedade congrega com isso, quando é que veremos a nossa gente — os crentes — agindo em favor dessa cultura dentro de sua própria cercania? A César o que é de César, a Deus o que é de Deus e ao músico o que é do músico!! Ora!!