… é impossível agradar a Deus.
Às vezes é assim que as coisas parecem ser, dentro do infindável “mundo” da música cristã. Cada vez mais é notória a predileção por bandas carregadas de overdrive. Eu já fui assim. Ouvia (e comprava) tudo o que tinha alguma semelhança com as bandas gringas. Fugia da brasilidade e da calma, havia abandonado meus (bons) Cds dos Vencedores por Cristo, Sérgio Pimenta, etc.
Hoje, refletindo sobre a banda, as músicas e tudo mais, fiquei preocupado: lançaremos um CD que ninguém vai ouvir? O investimento será à toa? Engraçado que nós, como banda, nos encontramos num limbo: fazemos louvor (também), mas não como Palavrantiga e Lucas Souza (todos muitíssimo bons amigos). Fazemos música reflexiva (também) mas não como Stênio Marcius, Gerson Borges e Elly Aguiar (todos, igualmente, bons amigos). Definitivamente não somos o Crombie. Então, ó, meu Deus, onde nos encaixamos?
Há muito do senso de propósito envolvido: sabemos o que temos, e às vezes precisamos, fazer, então a gente vai lá e faz. Uma coisa eu sei por fato: fazemos música de Igreja, com Deus e Jesus nas letras, sem a mínima vergonha.
Há ainda mais duas coisas que sei bem: não temos guitarras banhadas em overdrive na músicas, e não temos o toque suave e gostoso do violão popular. O que temos, sim, são vontades… e uma, e apenas uma, certeza: se Deus não estiver nesse negócio, é melhor nem continuar.
Essas são elocubrações de quem deveria estar dormindo, mas que tem muita coisa na cabeça… deixa eu ir pra cama, para os braços da Eline, que lá eu me aquieto.
Pode voltar a programação normal.
Eduardo
Engraçado…
Eu sou guitarrista e tenho cada vez menos vontade de tocar Guitarra dentro de Igreja.
Muito pela falta de estrutura. Som ruim, os instrumentos não ficam no PA e todo o som tem que sair dos Cubos. Aí obviamente, o vocal e as primeiras fileiras acham alto. E começa o Stress…
Mas essa nem é a causa principal. Ando apaixonado por ouvir a Congregação cantar. Paixão de vários anos, é verdade, mas que cada vez mais ganha força. Reduzir o volume pra ouvir as pessoas louvarem ao Criador. É tudo que tenho buscado. Mesmo nas raras vezes em que toco Guitarra, prefiro Delays, Tremolos, Vibes… Adoro o timbre dos meus Overdrives, mas nada substitui o prazer de ouvir o Povo de Deus louvando. É muito gostoso!
Abraço Eduardo!
Leonardo… muito obrigado pelo seu comentário. Eu nem me referia a essa questão musical em si, mas ela veio bem a calhar… às vezes estamos tão preocupados em “aparecer” que esquecemos quem de fato nos ouve, e que além de ouvir, enxerga nossas intenções… é bem por aí! Quando a congregação canta, como um, como corpo, há beleza,sim, há beleza…
Nesses dias eu tenho procurado por novidades nacionais, eu não desespeito o som que vem lá de fora, mas eu quero escutar mais desse som que tem no meu Brasil. É um sonho meu as igrejas pararem de pegar os “hits gospel” pra tocar no culto e tocar algo que tenha mais identidade com cada congregação, algo mais brasileiro.
Cara, fico muito feliz em ouvir isso… a gente precisa abrir mão dos enlatados, dos hits, e realmente ver as necessidades de nossa igreja. Negligenciando isso, corremos o sério risco de sermos infiéis edesleixados com a Igreja.
Valeu pela participação, Xará!
Xará é coisa de velho… 😛
“Há muito do senso de propósito envolvido…” vai ver é isso mesmo…somos uma banda com propósitos..rs
Cadu, é melhor uma banda com UM propósito… rsrsrssr
Cara, sabe que eu também me sinto assim.
Abração Mano!
acho que com ‘propósitos’ mesmo, para além dessa ideologia de “propósitos” que há por aí…porque UM propósito se desdobra…em Romanos
14:17 diz “Porque o reino de Deus não é comida (como quem vive pra comer e não come pra viver, e comete gula em tudo em que põe as mãos) nem bebida (em boa medida traz riso e legria, em excesso traz entorpecência, alienação e destruição), mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”.
Então são esses ‘propósitos’: viver o reino de Deus, viver a justiça, a paz, a alegria no espírito, cuidar da esposa, do coração e da mente, zelar no ministério..etc..
Sim, e concordo, mas é daqui que venho: se nosso propósito único for honrar e dignificar a Deus em nossa vida toda (não curto isso de “cada área da vida”, pois vivemos apenas uma, e não várias vidas), o resto vem pelo fato de honrarmos a Deus: somos melhores maridos por honrarmos a Deus, cuidamos de nosso ministério por honrarmos a Deus, e assim por diante. lemos em Efésios 1 que Deus nos criou para o louvor da Sua Glória, então, vivendo pelo propósito pelo qual fomos criados, o resto certamente acontece.
saudades de vc irmão. tão perto e tão longe… rsrsrsrsrs
voce tem que começar a dormir, cara.
fica inventando moda de madrugada… tsc
Just be yourself and do the best of you have in your heart and hands…
E by the way…eu curto pacas!!!
Du, ao meu ver, o problema da guitarra nas canções da igreja atual é que tudo soa igual, anos atrás 90% das igrejas de SP que possuía um grupo de louvor, lá tinha um cara tentando tocar como o Edge do U2, ou tentando tirar os sons de guitarra do Gallager do Oasis, agora a coisa deu uma mudada, eles estão copiando Johnny Buckland do Coldplay. . . outro dia um renomado produtor de música gospel disse a um amigo guitarrista (se vc não tiver ampli ORANGE) não grava, sabe o que é isso?
Os produtores é quem estão ditando o setlist de músicas do culto de domingo a noite nas nossas igrejas. Sou guitarrista e estou de volta às 6 cordas com força total, depois de ter ficado muito triste com o rumo das coisas na igreja em relação ao meu instrumento principal – a guitarra, e ter ficado muito tempo sem toca-lo na igreja.
Nós guitarristas, precisamos de unção de Deus pra fazermos música que toca o coração das pessoas, e precisamos tratar a arte com originalidade, não sou contrário a influências, creio que todos somos influenciados, mas copiar na íntegra o jeito e trejeitos de um músico tocar. . .tenha a santa paciência.