Adendo – CCLI, direitos autorais e a glória de Deus

No texto que postei aqui no blog há alguns dias, falamos sobre a ação que a CCLI criou para divulgar seus serviços junto às igrejas brasileiras e toda a celeuma criada ao redor do tema.

Muita gente comentou aqui no blog que tudo não passou de um mal-entendido, e muito foi dito que alguns artistas estavam sendo difamados por conta da associação com a instituição. Como algumas pessoas pediram, em seus comentários, que de alguma forma eu também me retratasse, o que não fiz, gostaria então de fazer alguns adendos ao texto anterior.

– Quanto à CCLI:

Eu disse em meu texto anterior que não considerava a empresa culpada, pois ela estava apenas fazendo o serviço que faz há anos. Quero reformular a frase. Após ler a cartaz enviada por eles para a igreja que meu sogro pastoreia, percebi que o leitor mais incauto poderia ser levado ao erro e crer que a igreja dele está na ilegalidade. Mas os caras foram rápidos e no mesmo dia em que o caldo começou a derramar, lançaram uma nota em seu site explicando algumas coisas, dentre elas, o fato que elas não podem (e nem o ECAD) cobrar direito autoral de músicas todas nas igrejas. Leia o esclarecimento aqui.

– Quanto aos artistas:

Aqui eu confesso que a minha generalização foi desnecessária, especialmente sabendo de alguns dos músicos que participam do CCLI. Mas isso não muda o que sinto em relação aos artistas e “ministros” que visam mais o lucro, o enriquecimento, a aquisição de bens do que o serviço à igreja do Senhor. Também já falei a respeito disto em outro texto. No dia em que o que determinar a vontade de ministrar ao Corpo de Cristo for o valor do “cachê” recebido, Deus já não estará mais envolvido no trabalho, e tudo o que se verá no palco será o esforço patético realizado por um pecador desgraçado para tentar entreter uma platéia. Não são todos que agem assim, claro. Pelos frutos os conhecereis (e por frutos eu não estou falando de CDs e shows).

– Quanto a nós, reles mortais:

O papel do cristão é amar a Cristo e a seu próximo; servir a Cristo e a seu próximo. Há aqueles que servem e amam a Cristo e ao próximo compondo canções, pregando, escrevendo. E há aqueles que, da mesma forma, o fazem através de vídeos, fotos, cozinhando, fazendo a faxina, cuidando de crianças, ensinando adolescentes, e assim por diante. A maldição que mamom nos tem lançado é a idolatria: colocamos artistas, pastores e “celebridades evangélicas” em um palanque mais parecido com um altar, e não os tiramos de lá. E com idolatria, meus queridos, não podemos brincar. No Deus já disse: “minha é a glória, não a darei a nenhuma outra pessoa”. Sigamos na busca por conhecer a Deus, sigamos no aprofundamento em Sua palavra, sigamos no serviço irrestrito ao próximo, e sigamos em submeter às escrituras aquilo que temos ouvido, visto, falado e cantado.

Por amor a Cristo e Seu Reino.

Eduardo

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